Significado do
nome
de Kuan Yin

Kuan Yin foi consagrada, universalmente nas diversas correntes
budistas, como principal figura de devoção. Não é necessariamente uma
deusa, porque guarda traços humanos. Por exemplo, conta-se, na tradição
popular, que ela foi uma princesa na antiga Índia, era a mais bela e
piedosa entre todas; não gostava de vestidos luxuosos, nem de pratos
finos feitos com carnes de animais, embora tudo isso lhe fosse oferecido
como direito. Alimentava-se de verduras, porque não suportava ver
animais sendo mortos; vestia-se de panos grossos porque gostava de ser
simples; e era a mais piedosa entre as filhas. Mas quando chegou o
momento de casar, fugiu do palácio porque queria buscar o seu caminho e
se dedicar ao ascetismo, seguir o exemplo de Buda. Ao ser obrigada pelos
seus pais a contrair casamento, ajoelhou-se diante do palácio do rei,
durante dias e noites, sem nada comer, passando frio e tomando vento e
chuva, apenas recitando o “Sutra da Grande Compaixão”. E assim, sua fé
venceu todas as barreiras. Quando alcançou o Nirvana, não teve
desprendimento suficiente para deixar o mundo, porque a sua compaixão
era tão forte e infinita que lhe deu forças para fazer o maior voto que
alguém podia desejar realizar: “enquanto houver almas sofredoras sobre a
face da Terra, não abandonarei esse mundo, e ajudarei todos a alcançar a
libertação”. E assim, ela é oficialmente chamada a “Grande
Misericordiosa e Grande Compassiva Bodhisattva Guan-Shi-Yin” (a
propósito, Guan-Shi-Yin, em chinês, significa literalmente: “Aquela que
vê e que ouve o Mundo”).
Ela atende todos os apelos. Por mais desesperadas e “perdidas” que
as pessoas possam estar, ela é incapaz de abandonar quem quer que seja,
budista ou não, pois, na compreensão budista, todos os homens são de
natureza búdica (luz que reflete a si mesmo), pouco importa a que
religião pertençam; ou seja, seres humanos são budas em potencial.